“Uma máquina de destruição de empregos”,
Marcos Cintra
Assim definiu o professor Marcos Cintra, superintendente do Instituto Índigo, sobre o custo da mão-de-obra no Brasil. Sob esta realidade e com a finalidade de agilizar a economia e gerar empregos, foi lançada a Frente Parlamentar Mista pela Desoneração da Folha de Pagamentos no Congresso, na última quarta-feira (14/7).
Presidida pelo deputado federal Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), a Frente já começa a trabalhar em propostas concretas para a criação de mecanismos de crescimento via a geração de emprego e renda, e se somará aos esforços de simplificação e redução de impostos no âmbito da Reforma Tributária que está sendo discutida na Câmara dos Deputados. Freitas ressaltou em seu discurso de abertura que “qualquer sociedade organizada precisa de rotas de saída do assistencialismo e gerar emprego e renda para os seus cidadãos”, e acrescentou a necessidade premente de se reduzir o custo da mão-de-obra.
Com amplo apoio do presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), a Frente Parlamentar trabalha em consonância com a proposta do Imposto Único Federal (IUF), que oferece um sistema tributário contemporâneo às novas tecnologias e meios de pagamentos eletrônicos. Bivar defende que a competitividade das empresas brasileiras e a geração de empregos passam, necessariamente, pela simplificação e universalização dos tributos, e conclui que “quando todos pagam impostos, todos pagam menos, os custos caem para o consumidor e as empresas geram mais empregos”.
A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), vice-presidente da Frente Mista que conta com 194 deputados e 6 senadores, ressaltou que, além do custo, o risco jurídico da mão-de-obra no Brasil afasta investimentos, e pondera que “sem deixar de lado as garantias constitucionais ao trabalhador, precisamos proteger também quem gera os empregos. Precisamos de equilíbrio”.
Já o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO) garantiu o apoio total à iniciativa que, segundo o líder da maior bancada da Câmara dos Deputados, tem apoio irrestrito da sociedade. O apoio ganhou ressonância no ministério da economia, representado pelo secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Serviço e Inovação, Jorge Lima, que afirmou “ter certeza que o setor produtivo está 100% alinhado com essa proposta, em que ninguém perde e só tem a ganhar”.