Criatividade e inovação estão desempenhando um papel cada vez mais fundamental para o desenvolvimento econômico de todo o mundo. Soluções práticas, menos onerosas e mais eficientes estão ganhando atenção de governos, empresas e instituições acadêmicas.

Foi pensando nesses formatos de atuação que a economia criativa surgiu. Diferente da economia tradicional, que foca suas estratégias e planejamentos na manufatura, comércio e agricultura, na economia criativa são os projetos capazes de destacar o potencial individual ou coletivo para a produção de bens e serviços criativos que ganham força.

De acordo com levantamento divulgado em setembro pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), um milhão de novos empregos serão gerados pela economia criativa até 2030. Diversas profissões podem ser impactadas por soluções de economia criativa, como empreendedorismo, indústria, setor de tecnologia e serviços.

O levantamento do observatório mostra ainda que os profissionais da economia criativa possuem, em média, 1,8 ano de estudo a mais que os demais e recebem salários 50% maiores do que os profissionais de outras áreas. O salário médio do profissional da economia criativa é R$ 4.018, enquanto dos demais setores fica em torno de R$ 2.691.

Em 2022, o projeto de lei 2.732/2022 começou a tramitar no Congresso Nacional. O texto cria a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa, e prevê a parceria entre universidades e empresas para fomentar a qualificação de profissionais da área. Além disso, o projeto estabelece o desenvolvimento de infraestrutura para as dinâmicas dos setores criativos, e a promoção e fortalecimento de ecossistemas de inovação em territórios criativos para o desenvolvimento local e regional.

Ficou curioso? Veja alguns exemplos de projetos criados do conceito da economia criativa.

Catarse: plataforma de financiamento coletivo (crowdfunding) que tem o objetivo de auxiliar o impulsionamento de projetos criativos. Estão interessados em projetos que trazem novas perspectivas, capazes de gerar diversidade e promover debates saudáveis para a sociedade.

ProjectHub: uma rede social que conecta empreendedores, investidores e marcas que queiram colaborar entre si. Com ela, um empreendedor criativo pode encontrar potenciais investidores para o desenvolvimento de seu projeto, desde que ele impacte o público positivamente, transformando a vida das pessoas. 

Leiturinha: um clube de assinaturas de livros infantis que busca incentivar e alimentar o hábito de leitura desde a primeira infância. A Leiturinha entrega mensalmente uma experiência completa de leitura — específicas para cada faixa etária — para mais de 170.000 crianças.