Lideranças e parlamentares estão no sul da China em busca de tecnologias replicáveis no Brasil
O Projeto Conexões Globais, etapa China 2025, tem proporcionado uma série de contatos com empresas chinesas que podem resultar em parcerias tecnológicas com o Brasil. Após encontros técnicos na capital, Pequim, a delegação brasileira viajou ao sul do país, na fronteira com Hong Kong, para conhecer o trabalho de vanguarda desenvolvido em complexos empresariais e industriais de Shenzhen.
Shenzhen é a primeira Zona Econômica Especial criada na China no final da década de 1970, com políticas econômicas flexíveis para atrair investimento estrangeiro, estimular a industrialização e promover o crescimento. Lideranças e parlamentares do União Brasil e da Fundação Índigo visitaram a Shenzhen Smart City Group, Longgang District Smart City Command Centre e Mindray Technologies Company.
Uma das principais empresas de inovação tecnológica da cidade, a Shenzhen Smart City Group é responsável por soluções integradas de inteligência artificial (IA) aplicadas à gestão pública. O encontro possibilitou conhecer as plataformas utilizadas por governos locais para integrar sistemas de transporte, segurança, meio ambiente e atendimento emergencial. A empresa desenvolve aplicativos de IA para uso dos departamentos governamentais.
No Longgang District Smart City Command Centre, deputados, senadores, prefeitos e lideranças do União Brasil e da Fundação Índigo viram de perto o modelo de integração entre plataformas urbanas, segurança pública e monitoramento em tempo real. O centro é responsável pela supervisão digital de transporte, energia, infraestrutura e emergências, sendo uma referência em aplicação prática de big data, que permite a criação de uma rede única e integrada para resposta a emergências.
Com presença em mais de 190 países, a Mindray Technologies Company é uma das maiores empresas de equipamentos e soluções médicas da China, reconhecida pela expertise na digitalização e automação de sistemas hospitalares, desenvolvimento de tecnologias que unem inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e análise de dados em saúde.
A atuação da empresa engloba desde sistemas de diagnóstico por imagem, equipamentos de monitoramento de pacientes, automação laboratorial, telemedicina, até plataformas integradas de gestão hospitalar e prontuário eletrônico. A Mindray tem se consolidado como um dos principais fornecedores de soluções completas para Smart Hospitals (Hospitais Inteligentes), com implementações bem-sucedidas em toda a Ásia, Europa e América Latina.
Para o presidente da Fundação Índigo, ACM Neto, o uso de IA pode ajudar a reverter o problema da saúde pública em muitos estados brasileiros, como a Bahia, onde a população sofre com o sistema de regulação. “Impressionante o quanto a China avançou no uso de IA para diagnosticar doenças, desenvolver equipamentos precisos de tratamento e monitoramento de pacientes desde a internação, até a alta. Com apoio de ferramentas de IA, podemos ampliar e organizar o serviço de saúde pública no Brasil”, afirmou ACM Neto.
