Primeiro compromisso da delegação brasileira focou em tecnologia para a segurança pública
A comitiva da Fundação Índigo e do União Brasil iniciou oficialmente, neste domingo (19), o projeto Conexões Globais com a visita à China National Electronics Import & Export Corporation (CEIEC), uma das mais tradicionais e estratégicas empresas chinesas no setor de tecnologia aplicada à segurança pública. Para os parlamentares e lideranças políticas que compõem a Missão Brasil-China, esta é uma das áreas mais importantes e que mais carecem de investimento no nosso país.
Fundada em 1952, em Pequim, a CEIEC atua em mais de 160 países e é referência mundial em monitoramento urbano, vigilância inteligente, defesa cibernética e sistemas de comando e controle. Durante a visita, os participantes conheceram soluções tecnológicas voltadas à gestão de emergências, segurança governamental e infraestrutura digital integrada.
“Há no Brasil a compreensão de que o uso da tecnologia pode fazer toda a diferença no enfrentamento da violência urbana. Para além do conhecimento, as boas práticas que utilizam tecnologia de ponta podem ser realmente aplicadas em solo brasileiro. Em Salvador, já está em estudo a implantação de um sistema de monitoramento por câmeras, similar ao Smart Sampa, para o incremento da segurança na capital baiana”, destacou o presidente da Fundação Índigo, ACM Neto, durante reunião com especialistas da CEIEC.

O encontro marcou o início das atividades do Conexões Globais, projeto que tem como propósito conectar lideranças e gestores públicos do União Brasil às principais experiências internacionais em diversas áreas. No caso da China, além da CEIEC, outras 12 instituições públicas e privadas foram selecionadas para o intercâmbio, com foco, por exemplo, em plataformas de serviços públicos digitais, hospitais inteligentes, inovação em saúde pública, segurança e videomonitoramento inteligente.
Ao longo de doze dias, a Missão Brasil-China percorrerá Beijing, Shenzhen e Xangai, cidades que simbolizam a capacidade chinesa de integrar ciência, planejamento urbano e políticas públicas em favor do progresso. Além de identificar pontos de convergência que possam inspirar o desenvolvimento brasileiro, a Fundação Índigo buscará, ainda, a construção de um diálogo de alto nível, orientado para o estudo comparado de modelos e análise de experiências concretas.