O que está acontecendo no Afeganistão

O Talibã começou a tomar vastas áreas de território, chegando a tomar no dia 15/08 o palácio presidencial. O grupo está aproveitando a retirada das forças militares americanas do país para reaver território. Acredita-se que o Grupo seja forte em números do que em qualquer momento desde que foi afastado em 2001 – com até 85.000 combatentes em tempo integral, de acordo com estimativas recentes da OTAN.

O QUE É O TALIBÃ AFEGÃO?

O talibã Afegão é, em grande parte, uma insurgência com controle sobre vastas áreas de território e aspirações de governar o país.

POR QUE NÃO É CONSIDERADO UM GRUPO TERRORISTA?

O Grupo nãoo está nas listas de organizações terroristas de países como os Estados Unidos e Reino Unido por motivos políticos, isso porque a aplicação do rótulo de terror ao grupo restringiria os contatos diplomáticos dos governos dos EUA e do Afeganistão com o Talibã, tornando as negociações de paz mais dificeis.

Entenda…

Em 29 de fevereiro de 2020, os Estados Unidos e o Talibã assinaram um acordo de paz para colocar fim ao conflito iniciado em 2001. Entre os pontos acordados estão a garantia de fiscalização que impedirá o uso do solo do Afeganistão por qualquer grupo ou indivíduo contra a segurança dos Estados Unidos e seus aliados; e o anúncio de um cronograma para a retirada de todas as forças estrangeiras do Afeganistão.

A retirada de tropas já foi iniciada e, de acordo com o cronograma de Donald Trump, ex-presidente americano, a retirada seria finalizada até 01 de maio de 2021. Joe Biden, atual presidente, mudou o prazo final para 11 de setembro de 2021. Com a retirada das tropas, combatentes do Talibã começaram a atuar para reaver territórios. No domingo (15), tomaram controle de Cabul, capital do Afeganistão, e do Palácio Presidencial. O até então presidente afegão, Ashraf Ghani, fugiu do país e declarou que o fez para evitar derramamento de sangue.

A população afegã está com medo e lota a fronteira com o Paquistão. No aeroporto de Cabul, afegãos estão se pendurando do lado de fora dos aviões em um ato desesperado para deixar o país.

Toda essa movimentação tem deixado lideres de todo o mundo em alerta. Rússia e Reino Unido já declararam que não reconhecem os insurgentes como nova autoridade do Afeganistão; Matteo Renzi, ex-primeiro ministro italiano, afirma que a retirada das tropas ocidentais do país é um “erro histórico”.

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